Origem do nome do município

O nome “Maragogi” deriva de língua tupi seiscentista falada pelos índios pitiguares que habitavam o litoral norte da atual Alagoas. No século XVI aparece a grafia “mariguis”, e no século XVII os holandeses grafavam “mariguiji”. Há também a forma seiscentista “maraguí”que vem do tupi “moerú- guí- í”, que significa “rio dos mosquitos”ou dos maruins.
Maragogi pois é uma corruptela portuguesa da forma tupi assinalada. 

Fonte: Secretaria de Cultura de Maragogi


Guerra dos Cabanos

A Guerra dos Cabanos começou como um movimento restaurador armado, que tinha por objetivo trazer de volta ao trono do Brasil, o Imperador D. Pedro I, que renunciara e voltara a Portugal. A guerra inicia-se entre maio e junho de 1832, com os levantes de Antônio Timóteo de Andrade, em Panelas de Miranda, no agreste pernambucano, e João Batista de Araújo, na praia de Barra Grande, hoje povoado do município de Maragogi / AL. Em 26 de Outubro de 1832, tropas provinciais matam em combate, no reduto do Feijão, o líder Antônio Timóteo de Andrade e o Almirante Tamandaré prende o líder João Batista de Araújo em sua casa, na praia de Barra Grande. Entre novembro de 1832 e Janeiro de 1834, a chefia da guerra passa para as forças populares, sendo o comandante geral Vicente de Paula líder supremo da Insurreição Cabana. Unificou a chefia insurrecional e buscou apoio dos negros Papa-Méis, que viviam fugidos da escravidão nas matas. Iniciou os ataques aos engenhos-de-açúcar  para libertar os negros escravos. Por um curto período teve o apoio dos índios kariri, das aldeias de Jacuipe, dos índios fulniô de Águas Belas, dos índios Xucuru de Palmeiras dos Índios, dos índios Garanhuns e dos índios de Escalas.
Os primeiros arraiais guerrilheiros são erguidos nas matas de Imbiras, Barra de Piabas e Piabas. Os cabanos, numa manobra guerrilheira tentam tomar o povoado da Barra Grande, mas são postos em fuga pelas tropas provinciais acantonadas ali. E recuam sob forte tiroteio até o povoado de Gamela (hoje cidade de Maragogi), e de lá chegam à praia de São Bento, onde cabanos feridos se curavam dos ferimentos à bala. Ocorre então a matança de São Bento, tendo as tropas provinciais morto à bala e à facada todos os cabanos encontrados.
Os negros papa-méis (assim chamados os negros escravos que fugiam da escravidão dos engenhos e se escondem nas matas) aderem à insurreição e mudam os rumos da guerra: lutam os cabanos agora pela libertação dos escravos, atacando inclusive os engenhos de açúcar e ocupam terras onde constroem seus arraiais guerrilheiros. A guerra termina em Janeiro de 1850, quando foi preso Vicente de Paula nas matas do Mato Frio pelas tropas provinciais e enviados ao presídio de Ilha de Fernando de Noronha. Morreu no engenho Marvano, em Jacuipe.

Fonte: Dirceu Lindoso  (Historiador)

Folclore

Baianas é um grupo de dançarinas com trajes de baianas, que dançam e fazem evoluções, vem dos maracatus de Pernambuco, com elementos dos Pastoris e dos Cocos.

Bumba-Meu-Boi é uma manifestação que celebra o boi, representado em quase todo o Brasil, com pequenas variações de nome e estilo. O "boi", uma armação de madeira recoberta de tecido vistoso, é conduzido por dois vaqueiros, entre danças e trejeitos, no meio da multidão.

Cavalhada, é uma corrida de cavalos, em que os competidores são divididos em cordão azul e encarnado e tentam tirar, com uma lança, o maior número de argolas suspensas. 

Chegança conta a vida dos portugueses marinheiros que participaram da colonização do Brasil.

Côco Alagoano, dançado principalmente em época de festa junina, surgiu no Quilombo dos Palmares, terra do negro Zumbi. Dança cantada, sendo acompanhada ela batida dos pés ou tropel.

Fandango, ao contrário do sul do Brasil, onde é um baile com dança de pares, de origem espanhola, este auto é uma dança dramática com motivo náutico, com forte inspiração portuguesa.

Guerreiro, é um folguedo alagoano, com os figurantes com roupas coloridas, imitando os trajes da nobreza colonial, retrata através de suas peças as belezas do Estado e é dançado principalmente no Natal.

Pastoril anuncia o nascimento de Cristo, é o mais popular e difundido folguedo natalino. Onde participam apenas moças, divididas em dois cordões, o azul e o encarnado.

Quilombo é uma adaptação alagoana de danças que representam lutas, ora entre brancos e negros, ora índios, ora mouros e cristãos.

Reisado, de origem portuguesa, no período natalino, músicos e dançadores vão de casa em casa anunciando o nascimento de Jesus.

Taieiras, uma dança cortejo de caráter religioso afro-brasileiro que faz louvação a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos pretos.

Toré de Índio: Para os índios Xucurus-Cariris, EI-UKa é o senhor do mundo e criador de todas as coisas. Toré é o verbo encarnado, elemento de ligação entre EI-UKA e os homens. Corresponde a Jesus dos católicos.

Entre outras manifestações folclóricas temos: o Caboclinho, o Presépio, os Bandos, o Mané do Rosário, os Gigantões, os Ursos de Carnaval, O Toré de Xangó, a Dança de São Gonçalo, a Roda de Adultos, entre diversos outros.

 


Que a APA Costa dos Corais 
é a maior unidade de 
conservação marinha do Brasil?